ONCOANESTESIA foi a denominação adoptada pelo Serviço de Anestesiologia do IPO de Lisboa e pela associação em que o próprio se constituiu, a APAO – Associação Portuguesa de Anestesia Oncológica, para englobar toda a sua área de intervenção nas questões científicas, seja através de publicações, de reflexões ou participação em fóruns, de programas de formação, workshops ou estágios que realize ou suporte.
O termo e o logotipo que lhe associámos pretendem identificar a realidade da anestesia moderna com a sua prática em ambiente oncológico, fundir as duas realidades (Serviço de Anestesiologia do IPO de Lisboa e Associação Portuguesa de Anestesia Oncológica) e projectar-nos – enquanto grupo de trabalho – para o exterior, onde pretendemos situar-nos em permanente diálogo com Colegas, Serviços, Associações Médicas e da Especialidade.
O Serviço de Anestesiologia do IPO de Lisboa apenas foi criado em 1972 sob a direcção da Dra. Naïr de Azevedo, apesar de, por intermédio de João Lemos Gomes e Francisco Branco, sempre terem existido actividades de Anestesia desde a fundação, pelo que aqueles ilustres clínicos ficaram para a posteridade como os pioneiros da actividade anestésica neste Hospital.
Foi sob a direcção do Dr. José Caseiro (2002 a 2015) que o serviço consagrou a sua autonomia e atingiu a sua maturidade nas diversas áreas que a um serviço de anestesia devem interessar.
O enquadramento actual do Serviço de Anestesiologia qualifica-o como uma estrutura clínica departamental, englobando a Unidade de Dor Aguda e a Unidade de Emergência Médica.
É constituído por 22 profissionais, 21 anestesiologistas e uma assistente administrativa, a que se acrescentam, no momento actual, 8 médicos internos em treino para obtenção do título de especialista.
A maioria dos anestesistas (14) encontra-se em regime laboral de contratação individual de trabalho e os restantes (7) estão integrados na carreira médica hospitalar – treze são assistentes graduados e oito são assistentes hospitalares.
Este Serviço assegura uma actividade caracterizada pelo pleno exercício de uma medicina perioperatória, distribuída por todos os locais onde se torna obrigatória a presença de um anestesiologista, quer seja nos blocos operatórios, na unidade de cirurgia de ambulatório, nos exames diagnósticos e tratamentos invasivos, enfermarias de pós-operatório, consulta, urgência, etc…, quer seja colaborando com dois profissionais na clínica da dor crónica num total de 20 postos de trabalho: 6 postos no Bloco Operatório Central (5 salas cirúrgicas e 1 UCPA), 2 na UCA – Unidade de Cirurgia do Ambulatório (1 sala cirúrgica e 1 UCPA), 2 em Consultas de Anestesiologia (Consulta Principal, Consulta da Unidade de Mama e Consulta da UCA), 1 no Serviço de Radioterapia, 2 no Serviço de Gastroenterologia em Blocos Periféricos onde se efectuam exames diagnósticos e tratamentos para endoscopia alta e colonoscopias, 1 no Serviço de Pneumologia (Bloco de Broncoscopias), 1 no Serviço de Radiologia (TAC), 1 na UDA – Unidade de Dor Aguda Pós-Operatória, 2 em apoio à unidade de dor crónica e 2 nas escalas do Serviço de Urgência.
A actividade anestésica no Bloco Operatório contempla variadíssimas especialidades, como a Cirurgia Geral, a Cirurgia da Cabeça e Pescoço, a ORL, a Ginecologia, a Cirurgia Plástica, a Urologia, a Cirurgia Pediátrica e a Cirurgia Torácica e, no seu conjunto, a necessidade de intervenção em técnicas e modalidade especiais, como a Cirurgia Laparoscópica (Colo-Rectal e outras), as peritonectomias, a cirurgia com técnicas de perfusão e circulação extra-corporal, retalhos livres, etc.
Pioneiro em Portugal na utilização da PCA (Analgesia Controlada pelo Doente), em 1990, criou também a primeira Unidade de Dor Aguda do País (1 de Outubro de 1993), que, envolvendo todos os anestesistas do Serviço, desenvolve intensa actividade organizada, assegurando à totalidade dos doentes cirúrgicos metodologias protocoladas de analgesia no pós-operatório, bem como apertada vigilância e rotinas de avaliação, disponibilizando apoio clínico permanente 24 sobre 24 horas.
A Unidade de Emergência Médica é da responsabilidade do serviço, adequando as respostas assistenciais emergentes, às necessidades do Hospital.
A formação em anestesiologia é algo que muito prezamos e que temos desenvolvido ao longo dos anos. Para além da garantia dos estágios do internato de anestesiologia para os internos do nosso serviço, oferecemos ainda estágios regulares a internos de outros hospitais em diversas áreas da anestesia, como cirurgia geral, ginecologia, urologia, otorrinolaringologia, cirurgia da cabeça e do pescoço, ambulatório, fora do bloco operatório e unidade de dor aguda. Disponibilizamos também estágios opcionais como a prática avançada em anestesiologia para cirurgia oncológica major, para cirurgia da cabeça e do pescoço, para fora do bloco operatório e para unidade de dor aguda.
O Serviço organizou ainda, entre 2006 e 2009, um congresso anual, o ONCOANESTESIA, promove com regularidade workshops em dor aguda e anestesia para cirurgia da cabeça e do pescoço e produz uma publicação anualmente revista – o Manual de Procedimentos do Serviço de Anestesiologia do IPO Lisboa – que contém a descrição de todas as práticas adoptadas pelos seus elementos, seja por consenso ou por protocolo e cuja distribuição física é garantida a todos os Serviços de Anestesiologia do País e a um considerável número de Anestesiologistas e de outros profissionais de saúde (distribuição digital está garatida por este site).
A quem pretenda contactar o Serviço de Anestesiologia do IPOLFG_EPE, poderá fazê-lo através deste site na área contacte-nos