Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é William Edward Clarke.
Em 22 de Fevereiro de 1819, nasceu no Connecticut, Estados Unidos da América, William Edward Clarke. Desde muito novo, foi influenciado pelo ambiente familiar: o pai era médico e os seus avôs também eram médicos proeminentes.
Foi estudante de Química em Rochester, Nova Iorque. Tal como era moda
na altura, utilizou éter com intuitos recreativos. Nestas festas, as pessoas eram incentivadas a inalar éter ou protóxido de azoto, e as suas reacções à inalação eram motivo de riso e divertimento entre todos os espectadores. Uma das pessoas que testemunhou estes acontecimentos nestes “convívios” promovidos por Clarke, foi TG Morton futuro “pai” oficial da Anestesia.
Em Janeiro de 1842, Clarke era estudante na Faculdade de Medicina de Vermont. Na presença do seu tutor, Professor E. M. Moore, administrou éter a Miss Hobbie (irmã de um dos seus colegas), para a realização de uma extracção dentária pelo Dr. Elijah Pope. Usou uma toalha embebida em éter e aplicou-a na face de Miss Hobbie. Posteriormente a extracção dentária realizou-se sem qualquer dor…
O resultado foi de tal forma inesperado que o Prof. Moore interpretou este comportamento tão pacífico de Miss Hobbie como um ataque de histeria perante a dor e assim instou Clarke a não continuar tais tratamentos.
Se Clarke não tivesse obedecido às directrizes do seu tutor, provavelmente hoje seria mundialmente reconhecido como o “descobridor” da Anestesia. No entanto Clarke foi pouco persistente e metódico na análise dos resultados e não voltou a repetir a experiência, pelo que este episódio só mereceu a atenção dos seus pares em 1850, já depois de Crawford Long (1842) e Thomas Morton (1846), terem feito as suas demonstrações públicas da eficácia do éter.
Clarke após graduar-se em Medicina em 1849, trabalhou como cirurgião em Michigan e Chicago e realizou o serviço militar em 1861. Dois anos mais tarde, retomou a Medicina civil em Chicago como cirurgião e ginecologista.
Morreu em Chicago em 6 de Outubro de 1894, inconsciente do seu papel na descoberta da Anestesia!…
Clarke é um bom exemplo de como as invenções só têm significado se os inventores as souberem merecer…
Na próxima semana, descubra porque é que os “Opióides”, mereceram as honras de ser nomeado por este “site”!
vários sistemas relacionados com armas de fogo, que revolucionaram os conceitos existentes na época.
idas nos estudos que efectuou durante o Inverno de 1810-1811 no “College of Physicians and Surgeons of New York”. Em janeiro de 1815, assistiu às aulas na “University of Pennsylvania”. Estes cursos constituíram toda a sua educação formativa! Com esta formação, dedicou-se à Medicina e essencialmente à Química prática.
Mas foi em 1831 que Samuel Guthrie fez a descoberta que o celebrizou na Medicina: a descoberta do clorofórmio! Esta substância, resultou da destilação da cal com álcool num barril de cobre. Foi usada com sucesso em anestesias para amputação de membros. Simultaneamente, o clorofórmio foi descoberto, em investigação independente da de Guthrie, pelo cientista francês Eugène Soubeiran (Outubro de 1831) e por Justus Liebig em Novembro de 1931. No entanto, Guthrie publicou a sua descoberta no Verão de 1832, pelo que é consensualmente reconhecido co

No entanto as primeiras descrições pormenorizadas sobre o uso de técnicas anestésicas em cenários de guerra reportam ao conflito militar entre os Estados Unidos e o México em 1847. Dois meses após a demonstração da primeira operação indolor com éter por William Morton, Edward H. Barton e John B. Porter administraram éter no campo de batalha para a realização de a
mputação dos membros!
Posteriormente na Guerra da Crimeia (1853-1856) e na Guerra Civil Americana (1861-1865), o éter, o clorofórmio ou a combinação dos dois anestésicos foram usados rotineiramente com este objectivo.
ue a par da utilização da anestesia loco-regional e local, se desenvolveu o “Flagg can” um vaporizador de éter para anestesiar. Este utensílio, ainda foi muito útil na Guerra Civil Espanhola (1936-1939), quando os equip
amentos anestésicos e/ou os gases comprimidos não estavam disponíveis.


a. O Dr. Chapelain hipnotizou a doente. Durante o seu transe hipnótico, falou calmamente sobre a cirurgia a que iria ser submetida, despiu-se e expôs a mama que iria ser operada. Durante a cirurgia que durou cerca de 12 minutos, conversou descontraidamente com o cirurgião e com o seu médico que segurava o membro superior do lado da mama intervencionada. Não referiu qualquer dor durante todo o procedimento. No pós-operatório, permaneceu em hipnose durante 10 h. A ferida operatória cicatrizou normalmente, mas a doente faleceu 14 dias depois devido a outra doença.
Neste dia, em Jefferson, Geórgia, o médico e farmacêutico americano Dr. Crawford Williamson Long (1815-1878) teve a ideia de usar o éter na anestesia do seu amigo James Venable para a remoção de dois pequenos tumores da nuca. O doente não demonstrou sentir a mínima dor! Alguns estudantes assistiram à cirurgia e constataram que o doente só acreditou que tinha sido operado quando Long lhe
mostrou os dois tumores retirados.
Hospital de Santo André, 9 de Fevereiro de 1874, 17 horas. O professor Pierre-Cyprien Oré (1828-1891), cirurgião do hospital, resolve tratar em regime de urgência um doente do sexo masculino de 52 anos, com tétano em fase aguda. Para isso, submeteu-o a uma sedação com hidrato de cloral, graças ao método das injeções endovenosas. É injetado por duas vezes na veia basílica, 9 g de hidrato de cloral diluído em 10 g de água. O doente, quase instantaneamente, «cai num sono profundo e tranquilo. A rigidez muscular desaparece e a respiração torna-se calma e regular. A anestesia foi tão completa que pude explorar o dedo traumatizado sem qualqu
er limitação, o que era impossível com o doente acordado. Decidi fazer a extração do prego sem qualquer queixa do doente. O sono durou cerca de 11 horas». No total, Oré fez 4 injeções. O doente curou-se e voltou para sua casa em 28 de fevereiro. Oré admitiu que esta foi a primeira anestesia endovenosa que se realizou.
e tornou-se um inventor e industrial famoso ao registar a patente e a fabricar em 1836 as pistolas
que adquiriram o seu nome – Colt.
o, tornou-se um vendedor ambulante, promovendo espetáculos de anestesia de seres humanos com protóxido de azoto. O “Dr.” Colt tornou-se um astuto vendedor. As suas credenciais rapidamente se potenciaram e tornou-se Professor Coult of Calcutta, London and New York. Com estas demonstrações com o “gás hilariante” que ele próprio produzia, rapidamente ganhou fama e dinheiro que permitiram continuar as suas investigações no fabrico de armas e fundar a Patent Arms Company. Os seus revólveres tornaram-se famosos, ao ponto de serem vendidos por Colt na guerra d


atropina, aconitina e angelicotoxina. Quando combinados, produzem anestesia, sono e paralisia.
estrondoso sucesso das primeiras cirurgias Hanaoka Seishu dedicou-se a cirurgias complexas incluindo a ablação de tumores malignos, colecistectomias e amputações. 
rd R. Squibb.
858, fundou a Squibb Pharmaceutical Co.. A sua companhia tinha como objectivo produzir fármacos que fossem eficazes, com princípios activos puros e
padronizados, facto que não acontecia nos medicamentos existentes na época. Dos primeiros medicamentos encomendados, destacam-se: o clorofórmio, o éter e a cocaína.