odas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Benjamin Thompson.
Há pessoas, que ao longo dos séculos, têm tido um papel decisivo na evolução da Anestesia sem terem sido protagonistas directos em invenções “sonantes”.
Uma dessas pessoas, foi Benjamin Thompson. Nascido em Massachusetts em 26 de Março de 1753, dedicou toda a sua vida a ser inventor, espião, oficial, diplomata e filantropo. Durante muitos anos estudou e escreveu vários artigos sobre a pólvora. Foi o primeiro cientista a estudar e a revolucionar o conceito da importância do calor como forma de movimento e nesta linha de pensamento inventou o fotómetro, o calorímetro e uma nova lâmpada de óleo. Assim, conseguiu eliminar a ideia corrente na época de que o calor era um “líquido invisível” conhecido como “calórico”. Desta sua actividade resultou o interesse que dedicou ao estudo dos incêndios e da função dos bombeiros. Instalou uma porta de vidro na sua lareira e estudou afincadamente as propriedades da chama. Assim, projectou melhores fogões e chaminés e tornou-se o fundador da termodinâmica.
Durante a Revolução, espiou os Americanos a favor dos Ingleses, razão pela qual após a guerra foi viver para Inglaterra. Foi armado cavaleiro, foi-lhe concedido um condado e o título de conde (Conde de Rumford).
O seu grande contributo para a Anestesia ocorreu em 1800, quando colaborou na fundação do famoso “Royal Institution of London” e contratou um jovem, Humphry Davy, para ser professor de química. Em Março de 1801, Davy transferiu-se do “Pneumatic Medical Institution” onde se dedicava a experiências com o protóxido de azoto e outros gases, para esta nova instituição. Durante um ou dois anos, prosseguiu o seu trabalho de investigação sobre os efeitos do protóxido de azoto, sempre integralmente sustentado na sua actividade pelo “Conde de Rumford”. No entanto, ao fim de dois anos, a “Royal Institution of London”, tornou-se um campo de estudo demasiado teórico para Benjamin Thompson, pelo que abandonou a instituição e mudou-se para Paris, onde continuou a sua actividade como filantropo.
Faleceu em 1814 em Auteuil com 61 anos de idade, vítima de febre súbita. Deixou em herança o seu relógio de ouro a Humphry Davy e grande parte da sua fortuna à Universidade de Harvard.
Na próxima semana, descubra porque é que… Franz Mesmer, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”!