Edward R. Squibb

Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Edward R. Squibb

Em 4 de Julho de 1819 nasceu em Wilmington, Delaware, o Dr. Edward R. Squibb.
Foi graduado em Medicina pelo Jefferson Medical College em 1845, tendo iniciado a prática de Medicina em várias áreas de interesse.
Em 1948 alista-se na US Navy como médico naval, abandonando a sua clínica privada. Passou 4 anos em vários navios no Atlântico e Mediterrâneo, tomando notas sobre os vários aspectos que caracterizavam a vida e o tratamento dos marinheiros: dieta deficiente, tradições vergonhosas e má qualidade da medicina exercida a bordo dos navios.
Durante 6 meses, suspendeu a sua actividade naval para frequentar cursos de actualização na Jefferson Medical College. No decurso destes cursos, ficou visivelmente sensibilizado pelas cirurgias efectuadas com o novo “éter sulfúrico”, tendo tomado inúmeras notas nos seus livros. Estudou química e familiarizou-se com as propriedades do éter. As críticas que manifestou em relação à Marinha, conduziram à criação de um laboratório naval em Brooklyn com o objectivo de produzir fármacos de qualidade.
O interesse de Squibb pelo éter teve resultados práticos em 1853, quando verificou que o éter utilizado nas anestesias era muito impuro produzindo efeitos muito diversos com amostras diferentes. O seu objetivo foi produzir éter puro, consistente e fiável pelo que desenvolveu no decurso de 1854 um aparelho para destilar éter. Recusou-se a patentear a sua invenção permitindo deste modo que toda a gente beneficiasse da sua invenção. Publicou pormenorizadamente todo o processo de fabrico em 1856 no American Journal of Pharmacy.
Em 1858, fundou a Squibb Pharmaceutical Co.. A sua companhia tinha como objectivo produzir fármacos que fossem eficazes, com princípios activos puros e padronizados, facto que não acontecia nos medicamentos existentes na época. Dos primeiros medicamentos encomendados, destacam-se: o clorofórmio, o éter e a cocaína.
Faleceu em 1906, tendo deixado um legado inestimável no desenvolvimento do conceito de “fármacos puros”. Depois de Squibb, nunca mais os fármacos foram aquelas substâncias que, com algum grau aleatório quase sempre resultante do seu grau de impureza, podiam curar ou matar sem se saber a causa.

Na próxima semana, descubra porque é que…Heinrich Quincke, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”!

Fanny Burney

Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Fanny Burney

 Fanny Burney nasceu em 13 de junho de 1752. Na sua infância conviveu com a melhor sociedade londrina onde estava perfeitamente integrada. Durante 5 anos (1786-1791), trabalhou na corte de George III e da rainha Charlotte.
Destacou-se como romancista tendo publicado vários livros célebres: “Evelina”, “The History of A Young Lady´s Entrance into the World”.
Em 1793 Fanny Burney casou com Alexandre Jean Baptiste Piochard d´Arblay, general do exército de Luís VI.
Em 1802 Fanny e a sua família foram viver para França durante 10 anos. É neste período, mais concretamente em 30 de setembro de 1811, que é sujeita a mastectomia direita por suspeita de carcinoma da mama. Durante a cirurgia, recusou qualquer fármaco ou álcool!… 9 meses depois escreve uma carta a sua irmã Esther descrevendo os horrores da cirurgia sem anestesia…
“A doctor gives her a wine cordial, the only anesthetic she receives. Waiting for all the doctors to arrive causes her agony, but at three o’clock, “my room, without previous message, was entered by 7 Men in black”.
When the dreadful steel was plunged into the breast—cutting through veins, arteries, flesh, nerves—I needed no injunctions not to restrain my cries. I began a scream that lasted unintermittingly during the whole time of the incision—& I almost marvel that it rings not in my Ears still! so excruciating was the agony. When the wound was made, & the instrument was withdrawn, the pain seemed undiminished, for the air that suddenly rushed into those delicate parts felt like a mass of minute but sharp & forked poniards, that were tearing the edges of the wound— but when again I felt the instrument—describing a curve—cutting against the grain, if I may so say, while the flesh resisted in a manner so forcible as to oppose & tire the hand of the operator, who was forced to change from the right to the left—then, indeed, I thought I must have expired.
I attempted no more to open my Eyes, —they felt as if hermetically shut, & so firmly closed, that the Eyelids seemed indented into the Cheeks. The instrument this second time withdrawn, I concluded the operation over—Oh no! presently the  terrible cutting was renewed—& worse than ever, to separate the bottom, the foundation of this dreadful gland from the parts to which it adhered—Again all description would be baffled—yet again all was not over,—Dr Larry rested but his own hand, &—Oh Heaven!—I then felt the Knife tackling against the breast bone—scraping it! …not for days, not for Weeks, but for Months I could not speak of this terrible business without nearly again going through it! I could not think of it with impunity! …& this miserable account, which I began 3 Months ago, at least, I dare not revise, nor read, the recollection is still so painful.”
O relatório médico da operação refere que foram necessárias 3 horas e 45 minutos para remover a mama direita…
Fanny Burney viveu mais 29 anos. É impossível determinar se o seu tumor era realmente maligno…
Este pequeno texto revela a importância que a Anestesia trouxe para o desenvolvimento da cirurgia ao permitir hoje em dia todo o tipo de intervenções cirúrgicas sem qualquer sofrimento para o doente.

Na próxima semana, descubra porque é que… Edward Squibb, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”!

Richard Lovell Edgeworth

Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Richard Lovell Edgeworth

Hoje vamos falar um pouco sobre Richard Lovell Edgeworth. Nascido em Bath, Inglaterra em 13 de Maio de 1744, desde cedo se notabilizou na escola pelo interesse que dedicava à mecânica.
Durante a sua longa carreira foi membro do Parlamento e Fellow da Royal Society. Foi amigo do filósofo francês Rousseau, do engenheiro James Watt e de Erasmus Darwin, avô de Charles Darwin.
Edgeworth foi desde muito novo um profícuo autor e inventor. Uma das suas invenções foi o tellogaph para o que foram construídas 30 torres nas 130 milhas que separam Galway e Dublin. Com este sistema, as mensagens codificadas eram transmitidas em 8 minutos! No entanto o clima irlandês impedia uma visão consistente entre as torres, pelo que o projecto não teve o sucesso desejado.
Edgeworth foi pai de 22 crianças das suas 4 mulheres!…
A sua ligação à Anestesiologia prende-se com o facto de ter sido um dos patronos financeiros do Beddoe´s Pneumatic Medical Institute, onde foram realizadas múltiplas experiências com o protóxido de azoto.
Uma das suas filhas, Anna, casou com Thomas Beddoes que em conjunto com Humphry Davy e vários outros investigadores estudaram em Bristol (1799-1800), as propriedades da inalação do protóxido de azoto. Outra das suas filhas, Maria, tornou-se escritora e observou e descreveu frequentemente experiências com o protóxido de azoto.
Edgeworth faleceu em 1817.

Na próxima semana, descubra porque é que Fanny Burney, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”!

Hans Christian Andersen

Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Hans Christian Andersen!…

Em 2 de abril de 1805 nasceu em Odense o famoso autor dinamarquês Hans Christian Andersen.
Durante a sua vida fez um grande número de viagens que descreveu minuciosamente no seu diário.
Em agosto de 1847 visitou a Escócia mais precisamente Edimburgo durante vários dias. A sua visita “agitou” a vida social local pelo que foi convidado a jantar com muitas celebridades. Na noite de 17 de Agosto a celebridade com quem jantou, juntamente com outras personalidades, foi com o proeminente médico, James Young Simpson. Na sua autobiografia Andersen escreveu que  “…in the large circle which was gathered there several experiments were made with breathing in ether. I thought it distasteful, especially to see ladies in this dreamy intoxication…there was something unpleasant about it, and I said so, recognizing at the same time that it was a wonderful and blessed invention to use in painful operations, but not to play with; it was wrong to do it; it was almost like tempting God; a worthy old gentleman took my part and said the same; by asserting what I did, I seemed to have won his heart.”
Simpson só descobriu as propriedades anestésicas do clorofórmio passados uns meses em novembro deste mesmo ano!…
Andersen faleceu em Copenhaga em 4 de agosto de 1875.

Na próxima semana, descubra porque é que Richard Lovell Edgeworth, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”! 

Humphry Davy

Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Humphry Davy!…

Humphry Davy nasceu em Penzance Cornwall, Inglaterra em 17 de dezembro de 1778. Foi uma mente brilhante e distinguiu-se como químico e inventor. Das suas múltiplas invenções e descobertas destaca-se a “Davy lamp” que permitia aos mineiros das minas de carvão trabalharem em segurança sem o risco de explosões pela presença de gases inflamáveis.
Mas qual foi o seu contributo para a Anestesiologia?
Em 17de abril de 1799, Humphry Davy publicou uma carta em que anunciava ao mundo que o protóxido de azoto podia ser inalado por seres humanos. Esta constatação resultava do trabalho desenvolvido desde 1798 no “Pneumatic Institution” em Bristol, juntamente com outros cientistas conhecidos de que se destacava Thomas Beddoes.
Em  Julho de 1800 Davy publica o seu livro sobre as suas pesquisas com o protóxido de azoto, intitulado “Researches, Chemical and Philosophical; Chiefly Concerning Nitrous Oxide, or Dephlogisticated Nitrous Air, and its Respiration”. 
Em 1801 Humphry Davy muda-se para “The Royal Institution” em Londres onde exerce as funções de Professor de Química entre 1802- e 1813. É neste local que aprofunda as suas pesquisas sobre o protóxido de azoto.
Foi Presidente da Royal Society entre 1820-27.
É de Humphry Davy esta frase lapidar sobre a importância do protóxido de azoto no desenvolvimento da Anestesiologia…
“As nitrous oxide in its extensive operation appears capable of destroying physical pain, it may probably be used with advantage during surgical operations in which no great effusion of blood takes place.”

Na próxima semana, descubra porque é que  Hans Christian Andersen, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”!

Martinus Van Marum

Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Martinus Van Marum!… 

Estamos em 20 de Março de 1750. Nasce na Holanda Martinus Van Marum. Diplomado em medicina e filosofia na Universidade de Groningen, começa a exercer a sua atividade como médico em Haarlem e dedica o seu tempo livre ao estudo das ciências. Em 1776, publicou um tratado sobre eletricidade. MVM1
A partir de 1777 torna-se secretário da sociedade científica da sua cidade. Graças à sua ação, esta sociedade torna-se uma das mais famosas da Europa. Entre 1790 e 1808 Van Marum foi um activo membro da Sociedade dos Químicos Alemães. Durante este período, estudou vários gases, incluindo o protóxido de azoto e publicou cerca de 35 artigos baseados nas suas pesquisas.
De entre as suas descobertas mais famosas destacam-se: a construção de máquinas de eletricidade estática e a descoberta do ozMVM2ono. Durante uma das suas experiências criou oxigénio e hidrogénio através da eletrólise. O seu nome não é associado com nenhuma descoberta de primeira ordem, porém as suas pesquisas (especialmente em relação à eletricidade), foram notáveis em número e variedade.
Van Marum morre em Haarlem em 26 de Dezembro de 1837.

Na próxima semana, descubra porque é que Humphry Davy, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”!

Nathan Cooley Keep

Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Nathan Cooley Keep!

Estamos em 7 de abril de 1847, Cambridge, Massachusetts.  Nathan CoolNK1ey Keep é um eminente médico especializado em dentista e fervoroso entusiasta da utilização do éter como complemento anestésico na extração de peças dentárias.
Desta vez, o Dr. Keep resolve utilizar os seus conhecimentos “anestésicos” em Obstetrícia. A parturiente é Fanny AppletNK2on Longfellow, segunda mulher do famoso poeta Henry Wadsworth Longfellow. Durante o parto, Fanny inalou através do aparelho desenhado por Keep. Nunca perdeu a consciência mas não sentiu dores durante o parto. Deu à luz uma menina saudável tendo decorrido todo o procedimento sem qualquer acidente. A satisfação da mãe foi enorme pelo que escreveu…
“I am very sorry you all thought me so rash and naughty in trying the ether. Henry’s faith gave me courage and I had heard such a thing had succeeded abroad, where the surgeons extend this great blessing much more boldly and universally than our timid doctors. Two other ladies, I know, have since followed my example successfully and I feel proud to be the pioneer to less suffering for poor, weak womankind. This is certainly the greatest blessing of this age and I am glad to have lived at the time of its coming and in the country which gives it to the world, but it is sad that one’s gratitude cannot be bestowed on worthier men than the joint discoverers, that is, men above quarreling over such a gift of God. As one of my brother’s lady friends abroad, a pious, noble woman, says, one would like to have the bringer of such a blessing represented by some grand, lofty figure like Christ, the divine suppresser of spiritual suffering as this of physical.”NK3
Nathan Cooley Keep não esteve presente em outubro de 1846 na demonstração dos efeitos do éter realizados por Morton em Boston, mas deve ter sido inspirado por este acontecimento. Em 3 de abril de 1847, já descrevia 200 casos da aplicação de éter em extrações dentárias. Insistia frequentemente que o éter deveria ser “perfeitamente puro” e que “o aparelho por onde os doentes inalavam deveria ter um reservatório, um bucal de forma e dimensões convenientes e uma válvula junto deste bucal que permitia a passagem do vapor para a boca e pulmões do doente mas que evitasse que os gases expiraNK4tórios se acumulassem no aparelho”. Voltou a administrar éter em 18 de abril a um doente que sofria de dores intensas no abdómen.
 Há 150 anos atrás quando a anestesia ainda não tinha estatuto de especialidade, já alguns ilustres médicos se preocupavam em anestesiar grávidas para evitar o sofrimento do parto. Em 2017 a realidade mostra que apesar da evolução extraordinária das técnicas anestésicas, a analgesia/anestesia do parto ainda não é um direito de todas as grávidas.

 Na próxima semana, descubra porque é que Martinus Van Marum, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”!

James Marion Sims

Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é James Marion Sims!…

25 de Janeiro de 1813! Nasce em Hanging Rock, Carolina do Sul, James Marion JMS1Sims. Após um infância e adolescência vividas calmamente na sua terra natal com a sua família, resolve ir viver para Filadélfia e torna-se graduado em Medicina em 1835 na Jefferson Medical College. Volta para Lancaster para exercer Medicina mas após a morte de dois dos seus primeiros doentes decide ir viver para o Alabama.
É aqui que se dedica a tratar fístulas vesico-vaginais, patologia muito frequente e resultante dos traumatismos do parto. Inventa novas técnicas cirúrgicas utilizando as escravas como “cobaias”, havendo descrições de ter operado uma delas (Anarcha), cerca de 30 vezes. Todas estas intervençõeJMS2s cirúrgicas eram realizadas sem qualquer anestesia, especialidade que estava então a emergir após as experiências de Morton com éter em 1846. Com o aperfeiçoamento da sua técnica, aplicou os seus conhecimentos na cirurgia de mulheres caucasianas, agora sim com anestesia baseada na administração de ópio!…
No entanto, Sims reinvidica a utilização de éter na anestesia de doentes a partir de 1842 pelo seu colega cirurgião Crawford Long, facto este reconhecido como verídico anos mais tarde.
Nestas suas investigações Sims inventou o espéculo, bem como insistiu na ideia nascente da limpeza do campo cirúrgico. Usou também pJMS3ela primeira vez suturas com fio de prata.
Em 1853 Sims vai trabalhar para Nova Iorque onde dois anos mais tarde inaugura o primeiro hospital americano para uso exclusivo de mulheres. Foi também Presidente da Associação Médica Americana.JMS4
Em 1862 na sequência da Guerra Civil Americana emigrou para a Europa tendo trabalhado em Paris e Londres com grande sucesso. Retorna a Nova Iorque em 1871.
Morreu em 13 de Novembro de 1883 vítima de ataque cardíaco no momento em que planeava nova visita à Europa.

Na próxima semana, descubra porque é que Nathan Keep, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”! 

Peter Mark Roget

Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Peter Mark Roget!…… 

Em 18 de Janeiro de 1779 nasceu a personagem a quem hoje iremos fazer uma singela referência. Peter Mark Roget, nasceu em Londres e estudou Medicina na UnPMR1iversidade de Edimburgo. No seu currículo médico, há a referir a colaboração com Thomas Beddoes e Humphry Davy na descoberta do protóxido de azoto.
A sua vida foi marcada por vários desgostos familiares que o conduziram a um estado crónico de depressão. É para combater este estado, que resolve enveredar pela realização da tarefa que o vai tornar célebre! Em 1840 reforma-se da sua actividade médica e em 1848 inicia a preparação do “ThesaurusPMR2 of English Words and Phrases (Roget´s Thesaurus)” trabalho que só será publicado em 1852. Durante a sua vida este livro conheceu 28 edições. Após a sua morte esta obra foi revista e ampliada pelo seu filho John Lewis Roget e mais tarde pelo seu neto Samuel Romilly Roget.
Nas inúmeras actividades em que se envolveu, destPMR3aca-se a fundação da “Medical and Chirurgical Society of London” que mais tarde veio a intitular-se “Royal Society of Medicine”, tendo também sido seu secretário.
Desenvolveu também profunda investigação na fisiologia da visão tendo descoberto o fenómeno da persistência da retina publicado em 1825. Este fenómeno é a base conceptual do cinema.
Roget faleceu em 12 de Setembro de 1869 em West Malvern, Worcestershire com 90 anos de idade!
Peter Mark Roget é mais uma das mentes brilhantes que nos séc. XVIII e XIX, marcaram a sua influência em numerosas áreas do conhecimento e alteraram decisivamente e positivamente toda a História da Humanidade.

Na próxima semana, descubra porque é que James Sims, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”!  

Theodoric de Lucca

Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Theodoric de Lucca!

Hoje, vamos recuar no tempo para falar um pouco sobre Theodoric Borgogntl1oni (Theodoric de Lucca) (1205–1298).
Médico italiano e bispo foi um dos cirurgiões mais marcantes da idade média. A sua actividade foi assinalada por ser considerado o responsável pela introdução e promoção de avanços médicos significativos como por exemplo a base dos processos anti-sépticos na cirurgia e no uso de anestésicos.
Estudou Medicina na Universidade de Bolonha altura em que se tornou num bispo dominicano. Nos anos da década de 1240, tornou-se médico do papa Inocêncio IV.
O seu principal trabalho médico foi o livro “Cyrurgia” um tratado cobrindo todos os aspetos da cirurgia, nomeadamente e entrtl2e outros, o tratamento de feridas torácicas e abdominais e o tratamento de alguns cancros. Este trabalho corta com práticas médicas tradicionais herdadas dos antigos gregos e árabes. Defendeu o princípio da limpeza das feridas, ao contrário dos antigos cirurgiões que defendiam o desenvolvimento de pus nas feridas como fazendo parte do processo curativo. Para isso advogou a realização de pensos sobre as feridas embebidos em vintl3ho como desinfectante. Também promoveu o uso de anestésicos durante a cirurgia. Para isso usava uma esponja embebida em ópio e mandrágora.
É assinalável a visão deste médico que na época em que viveu desenvolveu este conceito de impregnação das feridas com analgésicos, prática que hoje em dia ainda se mantém num estado primário de desenvolvimento.
Faleceu em 24 de dezembro de 1298.

Na próxima semana, descubra porque é que Peter Mark Roget, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”!