Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Thomas Beddoes.
Em 13 de Abril de 1760 nasceu em Shifnal, Shropshire, Inglaterra, Thomas Beddoes. Formado em Medicina em 1786 pela Universidade de Oxford, é no final desta década que Thomas Beddoes tenta implementar o conceito introduzido por Joseph Priestley das aplicações terapêuticas dos “factitious airs” e outros gases e vapores. Com o desenvolvimento das suas ideias, funda em 1798 o Instituto Pneumático para a Terapêutica com Gás Inalado em Clifton e contrata Humphry Davy como Director de Pesquisas. As suas experiências com protóxido de azoto e muitos outro
s gases iniciam-se no ano seguinte. Em 1799 Beddoes publica um pequeno livro descrevendo pormenorizadamente algumas das experiências humanas com inalação de protóxido de azoto. Apesar do Instituto Pneumático ter tido uma vida efémera (foi encerrado em 1802), representa a fusão entre a Medicina e a Química numa nova ciência intitulada a Medicina Pneumática.
Entre numerosos trabalhos médicos e políticos, Beddoes é autor do livro “Observations on the Nature of Demonstrative Evidence” publicado em 1793 e que discute o livro do grande filósofo alemão Immanuel Kant intitulado “Critique of Pure Reason”. Esta sua faceta político-filosófica que culminou com o apoio à Revolução Francesa trouxe-lhe inúmeros dissabores e perseguições políticas.
Faleceu em Clifton no dia 24 de Dezembro de 1808.
Thomas Beddoes entra assim para a História da Anestesia como o primeiro cientista a descrever experiências humanas com inalação de protóxido de azoto cerca de 50 anos antes da primeira anestesia efectuada por Morton em 1846.
Na próxima semana, descubra porque é que Franz Anton Mesmer, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”!