Todas as semanas reveja uma personalidade que por motivos muito diversos está ligada à História da Anestesia. Esta semana, o escolhido é Christopher Wren!
Christopher Wren, nascido a 20 de Outubro de 1632, no Sudoeste de Inglaterra, poderia ter-se tornado famoso em vários campos do pensamento mas foi quase por acaso que se tornou o maior arquitecto.
Interessou-se desde cedo por matemática e ciência. Frequentou Oxford e aos trinta anos era professor de astronomia nesta universidade, tendo leccionado de 1661 a 1673. Já famoso como cientista e matemático, começou a carreira de arquitecto aos vinte e nove anos, embora não se considerasse um arquitecto profissional.
A sua relação com a futura ciência que se virá a chamar Anestesia, inicia-se em 1660 quando realiza trabalhos experimentais de transfusão de sangue entre animais, sem grande sucesso, uma vez que a etiologia das incompatibilidades sanguíneas só será descoberta cerca de 250 anos mais tarde pelo imunologista austro-americano Karl Landsteiner (1868–1943).
As suas experiências dignas de realce referem a injeção de substâncias por via endovenosa em animais. Destas injecções a mais célebre foi a realizada em 1665 em que injectou por via endovenosa uma solução aquecida de tintura de ópio num cão usando uma bexiga conectada a uma pena de ave aguçada na extremidade…
Christopher Wren foi com estas experiências, o precursor da anestesia endovenosa que só virá a ter um desenvolvimento significativo cerca de dois séculos mais tarde com Pierre Oré.
Faleceu em 25 de Fevereiro de 1723 e o seu túmulo encontra-se em St. Paul´s Cathedral, a sua obra-prima como arquitecto.
Na próxima semana, descubra porque é que… John Fothergill, mereceu as honras de ser nomeado por este “site”!